Da série bate-e-volta,
para quem já fez as excursões básicas aos arredores de Roma,
gostaria de contar um pouco sobre este brinco de cidade, que fica no
alto de uma montanha a 325m do nível do mar, tanto que se pensa que
num passado remoto esta colina tenha sido uma ilha.
Quem chegar aqui de noite,
vai ter a sensação de ver uma cidade pendurada no nada!
Cidadezinha simpática,
sempre foi uma das minhas paradas com os amigos quando retornávamos
do fim de semana ao norte de Roma.
Nesta cidade cheia de
história e arte para ver, o monumento mais importante é, sem
dúvida, o Duomo, com seu impressionante pé direito e colunas
com faixas pretas e brancas.
A própria razão pela
qual ele foi construído é muito importante: conter um milagre
eucarístico que aconteceu no ano de 1290 na cidade de Bolsena (ali
pertinho). E para quem, como eu, é fan de Arnolfo de Cambio, aqui
vai poder ver boa parte da sua maestria na própria fachada, que
levou 300 anos para ser construída – isso mesmo, 300 anos. A
Itália é o berço da arte mesmo, só aqui artistas conseguem
trabalhar por três séculos num mesmo edifício com tamanha
habilidade! Observe a maravilhosa rosácea com os mosaicos que contam
as histórias do antigo e do novo testamento (os mosaicos foram muito
restaurandos ao longo dos anos, mas para nós está de bom tamanho!).
Se você estiver chegando da Toscana, vai notar na hora que a fachada
do Duomo parece um trítico de altar!
O interior deste Duomo é
um verdadeiro museu, com afrescos de Ugolino di Vieri (1338), Luca
Signorelli (Capela Sistina), Beato Angelico, Lipo Memmi coro em
madeira de Giovanni Ammannati (1331-40), e tantas outras obras
importantes, que se preferir visitá-lo com uma guia que fale
português, vai aproveitar bem mais.
Curioso o Poço de São
Patrício, fantástica obra de engenharia genial do Juliano da
Sangallo, da primeira metade do século XVI, mais precisamente do ano
de 1527, ano que Roma foi vítima de uma grande invasão e
depredação.
Para que a cidade tivesse
sempre um fornecimento de água, o poço foi cavado na própria rocha
vulcânica com uma dupla série de amplas escadas helicoidais: uma
para descer e outra para subir.
O Museu Arqueológico
Nacional contém preciosidades dos arredores da cidade, com peças
que vêm de necrópoles etruscas e itálicas: kantaros,
stamnoi e afrescos que foram removidos da necrópole por
razões de conservação.
A igreja do santo umbro
São Francisco, consagrata na segunda metade do XIII século, ainda
tem os antigos muros perimetrais, a rosácea e o amplo portão
originais.
Interessante a igreja de
São Lourenço de' Arari,
edifício do século XII
com afrescos dos dois séculos sucessivos. O altar é formado por uma
antiga ara
etrusca e o cibório é do século XII.
A igreja de São
Jovenal foi fundada no ano de 1004, com fachada românica e um
campanário fortificado. O paliotto é da segunda metade do
século XII. Aqui pertinho podemos caminhar sobre ruinhas medievais e
ver a antiga igreja de Santo Agostinho,
originalmente construída no século XIII e muito modificada nos
séculos XVI e XVII.
Na
Praça da República
(Piazza della
Repubblica), centro da
vida social da cidade desde a Idade Média, temos o Palácio
Comunal (Palazzo
Comunale) di Ippolito
Scalza, feito no século XVI. Curiosa a torre da igreja de
Santo Andrea (século XII) com
planta dodecagonal e bíforas, do século XII, e reformada durante os
séculos XVI. Os afrescos são dos séculos XIV e XV.
Cidade
esplêndida para visitar como excursão a partir de Roma ou
simplesmente para na rota Toscana-Lácio. Se você está atrás de
milagres eucarísticos prenda em consideração uma visita à essa
cidade, muito mais accessível do que Lanciano, para não falar do
patrimônio cultural!
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